sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

2012 - O ANO EM QUE MINHA TERRA QUASE PAROU !

ENTREVISTA PARA - PROJETO IMPROVISADO - 28.10.2012
Sem dúvida este ano de 2012 foi um divisor de águas na minha vida.

Pude ver um sonho lindo escorrer pelas guias do destino e ir parar nos bueiros da amargura e eu ali, imerso na lama. Um ano em que eu e muitas outras pessoas, próximas ou não, viram 17kg do meu corpo evaporarem sabe-se lá para onde.

Ainda não consigo passar em frente lojas de material de construção, não consigo escutar alguns sambas, que a dor, as dores abalam meu íntimo, porém confesso que já estive pior.

No ano em que estava planejado para eu fazer o mais belo gol da minha vida, me restou o escanteio, a linha de fundo “minhas pernas consadas correram pro nada e o time do tempo parou...”.

Um ano em que me deparei comigo mesmo e assim sigo diariamente, morando só, ficando em choque com os ratos que fazem a festa sobre o telhado, matando uma barata aqui, observando uma largatixa acolá, mas sigo, sigo...

Pude observar quanto sou querido pelos meus amigos, chegaram até mim palavras confortantes de quem eu menos esperava, quantos me viram e ainda me veem chorar, saibam que cada um destes tem espaço garantido no meu coração, e eles sabem como o Chellmí encara e vive suas relações, por isso deixo para cada um minha gratidão por momentos em que não me deixaram só.

Em meio ao caos dos meus pensamentos, sei lá de onde consegui tirar foraças para continuar caminhando, foi o ano em que mais trabalhei na vida, a queda de cabelo, a insônia apareceram para acabar com meu físico, mas para que eu pensasse como sair mesmo que temporariamente do abismo em que me encontrava.

As ações coletivas foram as forças que me fizeram prosseguir, por isso agradeço de coração aberto aos meus irmãos do Coletivo Cultural Poesia Na Brasa que estiveram comigo sempre e que este ano não foi diferente, que viram e vivenciaram meu sofrimento, me incluindo ainda mais em suas vidas, eu amo muito vocês. Ao Claytão do Projeto Espremedor, muito obrigado por tudo, por tudo mesmo, eu te amo demais meu irmão e você tá ligado, valeu pelas trocas este ano e por fortalecer nossa quebrada com tanto esforço e empenho. Ao Sarau Elo da Corrente em Pirituba, meus irmãos, valeu Michel Yakini por grandes trocas esse ano, suas palavras foram muito importantes para mim, valeu Raquel, Du, sem palavras. Banca Subterrâneo e Eskuadrão Maloka, valeu pelo apoio, sem palavras. Joks, Canela e outros, valeu pelo Entre Becos e Vielas, Tudo Acaba em Coletivo, evento que deixa a quebrada mais colorida, muito louco. Meus amigos de infância que se dispuseram para compreender, ou tentar compreender minhas ações e partilhar alguns momentos comigo. Ao Sarau Perifatividade que sempre me acolheu muito bem, desde a primeira vez que pisei naquele terreno, muito grato, ao Sarau da Ocupação que me ensinou muito desde 2011, que me fez observar que a luta individual não existe e que a coletividade é uma arma potente contra as inúmeras injustiças sociais, valeu Ruivo e companhia, as guerreiras do Sarau da Ademar, que infelizmente não pude comparecer por lá este ano, mas que nos trombamos pelos becos do mundo várias vezes, as Mães de Maio pela garra e pela vida, ao Soró e toda Comunidade Quilombaque pela luta e garra de continuar e enfrentar as grandes barreiras da burrocracia, ao Cicas, ao Grupo Bolinho que somou em algumas ações conosco, ao Projeto Improvisado que surgiu com a força toda, ao Avelino Regicida que vem numa crescente monstra tanto nos projetos quanto nas trocas de pensamento, ao Quilombrasa que na bolinha de meia segue firme e forte, aos que participaram do Sarau - Literatura Independente: A Periferia Vista Na Bolinha do Olho ( http://www.chellmisp.blogspot.com.br/p/sarau-literatura-independente-periferia.html ), que para mim foi um dos momentos mais importantes da minha vida, aos educadores do Tomie Ohtake por me darem a oportunidade de partilhar com outros jovens em formação e não em formatação, um enorme carinho pelos monitores do CCJ Ruth Cardoso que compreenderam minhas passagens por aquele espaço e as relações que foram sendo criadas, aos reais companheiros da Fábrica de Cultura que aos poucos foram sentindo o porque eu estava e estou neste espaço, a Dolores por acreditar e confiar nas propostas, um grande sentimento de gratidão à minha tia Vera e meu tio Marcos por tentarem me confortar em momentos tão difíceis neste ano. Seu Leile, Bahia, Dona Cida, talvez vocês nunca leiam isso, mas vocês fazem parte desta história, pena que não deu tempo de eu partilhar mais ações com vocês, eu os amo muito. Aos meus mestres, Ubirajara Dias de Melo, Sonia Kruppa, Maria Ângela Salvadori, Ângela Castelo Branco, Sonia Regina Bischain, Allan da Rosa, um grande sentimento bom por poder ter tido a honra de conhecê-los.

Se eu colocar o nome de todos aqui é bem provável que vou esquecer de alguns, por isso quem somou sabe que somou e muito, um grande beijo e muito carinho aos amigos que conquistei e os que reconquistei, não caberia o nome de todos por aqui.

Ano intenso com muito trabalho, se liguem:
 
Este ano quase minha Terra parou, mas com o coração puro, pude perdoar minha mãe, ser perdoado, pagar de louco e amar minhas irmãs, sem nenhum sentimento ruim, as humilhações é só deixar que o tempo apague, o que liga é ser um homem sem rancor, sem sentimentos rasos.

Obrigado Deus, obrigado Nossa Senhora Aparecida, obrigado aos agnósticos e ateus por me fazer um ser mais respeitoso.

Pai, mãe, irmãs, sobrinhos, Dona Cida, Seu Leile, Sarau da Brasa, Claytão – AMO VOCÊS !
 
MÚSICA QUE ME MARCOU.
Que venha 2013 – “PROBLEMAS PODEM ME IMPEDIR DE DORMIR, MAS NADA VAI ME IMPEDIR DE SONHAR” (Slim Rimografia)
Epifania- SLIM RIMOGRAFIA E THIAGO BEATS
 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ME, ARRANJA UM ARRANJO



Vizinho, me arranja um arranjo bonito
Pra por o Girassol que comprei pra minha amada
Vizinho, você manja e eu manjo o grito
Da flor silenciosa, que em meu peito ainda fazes morada...


No jardim da saudade colho tristeza
Nas pétalas ao vento tento encontrar a pureza
Terra, adubo e perfume se perderam no ar
Hoje rego as raízes do passado com lágrimas
O que me resta é cantar


Vizinho, me arranja um arranjo bonito
Pra por o Girassol que comprei pra minha amada
Vizinho, você manja e eu manjo o grito
Da flor silenciosa, que em meu peito ainda fazes morada...


A flor se desmanchou na minha frente
Foi se recompor em outro ambiente
Bateu o sol, ela aflorou e outros ares foi perfumar
Vizinho, me arranja um arranjo bonito
Pois se houver outra semente, quero bem dela cuidar


Vizinho, me arranja um arranjo bonito
Pra por o Girassol que comprei pra minha amada
Vizinho, você manja e eu manjo o grito
Da flor silenciosa, que em meu peito ainda fazes morada...


Chellmí - 07.11.2012
No meio da guerra.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

SAMBA RAP SOLIDÁRIO - 26.10.2012 - Z/S

Salve jovens, beleza?
Tive a honra de ser convidados para cantar alguns sambas lá na Zona Sul no BAR DO BONÉ, a causa é nobre. Arrecadação de alimentos.
Convido tod@s para partilharem conosco e vamos que vamos que a caminhada é longa.
O Bar do Boné fica na R. Nossa Senhora da Saúde, 1007 – Vila das Mercês (no metrô Vila Mariana você pode pegar o ônibus Jardim Clímax e descer no segundo ponto da Av. Nossa Senhora das Mercês, a rua estará bem próxima)


terça-feira, 2 de outubro de 2012

CANALHAS



Tacaram fogo na favela
Queimaram tudo até o fim
Alegaram que a causa era gato ou vela
Os canalhas exterminam assim
Os canalhas exterminam assim...

Que canalhas mais podres  tremendos caras de pau
Pavios curtos da humanidade, só propiciam o mau
Real Parque queimou, Jd. Paraná inflamou
Moinho em dose dupla, a chama se alastrou

Tacaram fogo na favela
Queimaram tudo até o fim
Alegaram que a causa era gato ou vela
Os canalhas exterminam assim
Os canalhas exterminam assim...

As labaredas torraram os corações
Enquanto os canalhas sorriam em suas mansões
Muita fumaça e tristeza, cobriam a imensidão do céu
Mas, minha caneta joga água, pra apagar esse fogaréu

Tacaram fogo na favela
Queimaram tudo até o fim
Alegaram que a causa era gato ou vela
Os canalhas exterminam assim
Os canalhas exterminam assim...

Especulação imobiliária, pois a Copa vem chegando
Guerreiros sem um teto, o fogo vai aumentando
Canalhas prestem atenção, favela não é sujeira
Marionetes do Estado, mal sabem vocês
Que não passam de cinzas da própria fogueira

Tacaram fogo na favela
Queimaram tudo até o fim
Alegaram que a causa era gato ou vela
Os canalhas exterminam assim
Os canalhas exterminam assim...

Chellmí - Jovem Escritor Paulista - Setembro-2012
Com várias dores no coração...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

VEREDAS DO VESTIBULAR - ESPAÇO CULTURAL ELO DA CORRENTE - PIRITUBA - 30.09.2012 - 10h.



O PROJETO VEREDAS DO VESTIBULAR TEVE INÍCIO EM 2011 NO CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE RUTH CARDOSO (CCJ), FRUTO DA VONTADE EM COMPARTILHAR COM O PÚBLICO QUE OBSERVÁVAMOS EM NOSSO LOCAL DE TRABALHO E CONVIVÊNCIA. AS EXPERIÊNCIAS QUE VIVEMOS EM RELAÇÃO AO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO.

NESTE SEGUNDO ANO DE ATUAÇÃO, O VEREDAS DO VESTIBULAR AMPLIOU SEU PÚBLICO E CAMINHA EM BUSCA DE NOVOS LOCAIS E VONTADES QUE POSSAM SER COMPARTILHADAS COM AS NOSSAS, NESTE DIÁLOGO NOSSA PROPOSTA É ESTIMULAR E APRESENTAR COMO É POSSÍVEL  INGRESSAR NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS.

Mais informações sobre o Espaço Cultural Elo da Corrente: http://elo-da-corrente.blogspot.com.br/p/espaco-cultural-elo-da-corrente.html

Como Chegar: http://elo-da-corrente.blogspot.com.br/p/como-chegar-no-sarau-elo-da-corrente.html

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

LITERATURA INDEPENDENTE: A PERIFERIA VISTA NA BOLINHA DO OLHO - 15.09.2012 - 18h. CCJ RUTH CARDOSO.

No mês da cultura independente no CCJ Ruth Cardoso, a criação literária das bordas paulistana (Periferias) não podia deixar de ser ressaltada. A proposta é fazer um grande Sarau com poetas, coletivos e público interessado, em que músicas, poesias, contos e demais maneiras de escrita sejam partilhadas e contempladas pelos frequentadores da biblioteca e do Centro Cultural. Nesta ocasião os escritores ou coletivos que já tiverem suas publicações estarão disponibilizando-as para venda no local no dia do evento, com preços populares. Será de suma importância a aproximação do público com estas obras, pois a distribuição também é feita de forma independente e muitas vezes é difícil o escritor estar em diversos espaços com suas obras, ou seja, será um sarau envolto numa espécie de feira de livros.

Teremos também a magia da poesia exposta em forma de bonecas, bonecas pretas confeccionadas a partir de uma proposta pedagógica por Lúcia Makena, nos saraus que ocorrem nas periferias sempre que possível ela está presente inspirando os escritores e frequentadores com sua arte, que dialoga e muito com estes espaços.

A literatura não tem uma serventia prática, mas tem um papel fundamental no despertar do imaginário, o ser humano necessita desta imaginação para que suas práticas não sejam automatizadas pelas tarefas diárias, assim sendo, a literatura seja ela criada na periferia ou no centro, em qualquer parte do planeta transporta inexplicavelmente os indivíduos para mundos jamais pensados, e a ideia é que neste encontro mesmo que momentaneamente as pessoas tenham contato com esta literatura que está sendo criada de maneira independente.

É na bolinha do olho, bem lá no fundinho que algumas vezes desvendamos alguns segredos e sensações, o olhar aguçado bem lá neste fundinho pode levar o público a refletir sobre o que é que está sendo criado de maneira independente nas periferias paulistana, primordialmente no que diz respeito à literatura.

                                                                                                       MICHELL DA SILVA - CHELLMÍ

NÃO DEU PARA SAIR OS NOMES DE TOD@S PARTICIPANTES NA DIVULGAÇÃO, ENTÃO AQUI VÃO MAIS ESCRITORES E COLETIVOS QUE CONFIRMARAM PRESENÇA.
SARAU DA BRASA (Brasilândia)
SARAU ELO DA CORRENTE (Pirituba)
LITERATURA SUBURBANA (Brasilândia)
LUCIANE MATOS (QUILOMBRASA) (Brasilândia)
RENATA PRADO (MARGINALIARIA) (Itaim Paulista)
ZoioOmc (Brasilândia)
FANTI MANO HUMILDE (Heliópolis)
POETA FUZZIL (Capão Redondo)
VIRBEL PROENÇA JUNIOR (Jardim Pantanal)
SARAU DA OCUPA (Centro)
WALNER DANZIGER (Jabaquara)
CLÁUDIO KAKIS (Suzano)
SARAU PERIFATIVIDADE (Fundão do Ipiranga)
LUAN LUANDO (Campo Limpo)
COLETIVO CULTURAL ESPERANÇA GARCIA (Brasilândia-Pirituba)
LUCIA MAKENA (Osasco)
CAROLZINHA TEIXEIRA (Vila Gomes)
MICHEL CENA7 (São Bernardo)
FLÁVIO CASIMIRO (Jd. Pery)
MC TREXX (Jd. Pery)
HUGO PAZ (Butantã)
THAIGO GONZALEZ (Santana)
ÂNGELA CASTELO BRANCO (Pompéia)
RODRIGO DOMÊNICO - DODO (Bairro do Limão)
DANILO MALABRITO (Freguesia do Ó)
KAREN REGO (Cachoeirinha)
OS REGICIDAS (Brasilândia - Capão Redondo)
RAS CHRISTOPHER (DE LIMA) (Pirituba)
CONTEÚDO MAJESTOSO (Brasilândia)
B.BOY´S TKG - THE KING (Cachoeirinha)
CELINHA REIS (Pompéia) 
SIMONE FREIRE (Cidade Tiradentes) 
LU'Z RIBEIRO (Guarapiranga)
e quem mais aparecer...

JOVENS, QUEM QUISER VENDER OS LIVROS NO DIA FIQUEM A VONTADE, SÓ ME AVISEM COM ANTECEDÊNCIA PARA EU PODER ORGANIZAR MELHOR.
contato: chellmisp@hotmail.com

COMO CHEGAR:
Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso – São Paulo/SP
Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641. Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte.
(ao lado do terminal Cachoeirinha)


domingo, 12 de agosto de 2012

SEMINÁRIO - ARTE: ONDE? COMO? QUANDO? (17.08.2012 -19h.)




Gostaríamos de convidá-los para participarem do Seminário "Onde está a arte?" que acontecerá no Instituto Tomie Ohtake dia 17 de agosto, sexta-feira, a partir das 19h.

A proposta é discutir sobre a arte e juventude, a produção cultural do jovem, políticas públicas, o acesso à cultura e o que tem sido feito nas periferias, centros e instituições públicas e privadas. Convidamos jovens que atuam em Saraus, em Coletivos de Arte e que estão com a vida implicada na arte para conversar conosco.
 
Seira muito bom ter a participação de vocês para fortalecer esta conversa e, quem sabe, juntos, criarmos novas formas de estar e ocupar os espaços da nossa cidade! 

As inscrições devem ser feitas pelo email:  setoreducativo@institutotomieohtake.org.br, com Lilian. 
Temos 30 vagas.
 
A mediação será da Bruna Mantese (graduada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo(2002) e mestrado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo(2006) . Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana. Atuando principalmente nos seguintes temas: Metrópole, Juventude, Identidade, Sociabilidade. 
 
Faremos grupos de discussões com os convidados:Michell da Silva - Chellmí (Sarau da Brasa e Fábricas de Cultura), Jardélio Santos (Fábricas de Cultura e Instituto Tomie Ohtake), Bárbara Batista (Centro Cultural da Juventude), Amanda Prado (Centro Cultural da Juventude), Carolzinha (educadora e artista plástica), Mauricio Silva (MAE-USP e Fundação Bienal de São Paulo), Magno Rodrigues (educador).
 
Este debate foi proposto pela Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake e elaborado por Ângela Castelo Branco, Mariana Galender, Joana Zatz Muzzi  e Felipe Ferraro, (integrantes do Programa Jovem Monitor, parceria entre o Centro Cultural da Juventude e o Instituto Tomie Ohtake).
 
Contamos com a participação de vocês,

Núcleo de formação de jovens e crianças do Instituto Tomie Ohtake.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

VEREDAS DO VESTIBULAR - NO CICAS - 25.08.2012

Estão tod@s convidad@s a participarem, é gratuito. 
Mais informações sobre o CICAS - Centro Independente de Cultura Alternativa e Social http://projetocicas.blogspot.com.br/

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

samba - EU NÃO SOU DUDU

EU NÃO SOU DUDU

Eu não sou Dudu, mas meu samba também é nobre
Nascido e crescido na Brasilândia, tenho orgulho de ser pobre (2X)

Ter orgulho de ser pobre, não é aceitar condição
É acreditar na mudança e na transformação
Tem violão e carron, abra a roda e fique em casa
As belas cabrochas cantando tão lindo, representam Quilombrasa

Eu não sou Dudu, mas meu samba também é nobre
Nascido e crescido na Brasilândia, tenho orgulho de ser pobre (2X)

Hoje favelado escreve livro e conta sua história
Resistência Cultural é na Esquina da Memória
Domingo Vida Loka joga, mobiliza a quebrada
Crianças e velhinhos estiando a bandeira, incendeiam a arquibancada

Eu não sou Dudu, mas meu samba também é nobre
Nascido e crescido na Brasilândia, tenho orgulho de ser pobre (2X)

A chuteira tá cansada, a Velha Guarda é de primeira
Servidão e Macedônia, desde pivete subi ladeira
Estes versos até confundem, os cientistas da Nasa
Um sábado sim outro não, a poesia pega fogo, no Sarau da Brasa
Eu não sou Dudu...

Eu não sou Dudu, mas meu samba também é nobre
Nascido e crescido na Brasilândia, tenho orgulho de ser pobre (2X)

Mulheres negras e guerreiras, onde tem?
É na Brasilândia, É na Brasilândia...

Futebol e samba, onde tem?
É na Brasilândia, É na Brasilândia...

Reflexão e muita ação, onde é que tem?
É na Brasilândia, É na Brasilândia...
É na Brasilândia, É na Brasilândia...

Tudo isso porque !
Eu não sou Dudu, mas meu samba também é nobre
Nascido e crescido na Brasilândia, tenho orgulho de ser pobre (2X)


CHELLMÍ – JOVEM ESCRITOR PAULISTA – 21.07.2012

quinta-feira, 26 de julho de 2012

SARAU ELO EM BRASA - CHORROCHÓ - BA - JANEIRO DE 2012


SARAU DA BRASA + SARAU ELO DA CORRENTE = SARAU ELO EM BRASA.

JANEIRO DE 2012. ESTA EXPERIÊNCIA FOI MARCANTE EM MINHA VIDA. SÓ TENHO QUE AGRADECER POR FAZER PARTE DESTA GRANDE FAMÍLIA.

terça-feira, 12 de junho de 2012

SAUDADE


Tive que me contentar, com o vice-campeonato
Fui passado pra trás no jogo do amor
Mas, Nossa Senhora me dá força
Mesmo que a torcida não torça
Sigo firme na missão...


Hoje não vejo mais o brilho da lua, dançando sobre as águas do mar
Mergulhado no escuro, encontro forças pra cantar
Eu errei, eu sei que errei, estou pagando muito caro
Eu chorei, e como choro, chorei, não encontrei um grande amparo
O sério jogo do amor, não dá vez pra brincadeira
Ela foi pra outro time, e só me restou, pendurar a chuteira


Por isso...


Tive que me contentar, com o vice-campeonato
Fui passado pra trás no jogo do amor
Mas, Nossa Senhora me dá força
Mesmo que a torcida não torça
Sigo firme na missão...


 O meu peito vive vazio
Teu sentimento era macio
Agora eu trago a morte, soprando a vida para o alto
Não existe sorte, pra quem não se prepara para o salto
Nesta vida não aprendi tocar cavaco nem banjo, tampouco violão
Pensei estar dedilhando nos acordes dos sonhos, e tocando seu coração


Não aprendi...


Tive que me contentar, com o vice-campeonato
Fui passado pra trás no jogo do amor
Mas, Nossa Senhora me dá força
Mesmo que a torcida não torça
Sigo firme na missão...
                                                                                                                          CHELLMÍ – 10.06.2012


Este é um samba triste. A expressão dos meus versos descobre algumas farpas fincadas no meu coração. Alguns pensam que ser poeta na periferia é brincar de escrever textos relacionados a meras aventuras de causas sociais, abraça. Tenho vida ainda, vivo com um pé na cova e outro na casca de banana, se é que me entendem. Certezas? Verdades? Como posso tê-las passando por um furacão infindável, se é que temos que tê-las. Só queria redescobrir a sensibilidade dos olhos brilhantes de um amor que se foi, de uma vida que se foi, aqui a ideia vai além de uma pessoa, de um ser, de uma rainha. O “coitadismo” é algo muito mesquinho por parte do sofredor, por mais que ele encontre-se desamparado e perdido, não há GPS que o ajude a se localizar nas ruas do sentimento, nas travessas da paixão, nas avenidas do amor, nas estradas do improvável ou locais semelhantes. Os mais experientes dizem que a dor é passageira, que nada é para sempre e milhões de outras coisas, respeito, e como respeito, mas me respondam como fazem para comparar a dor? Como se mensura a dor? A dor é mensurável? Interrogações e angústias misturadas com tristeza e um aperto na alma.

Agradeço a Deus por continuar iluminando a ponta da minha caneta enquanto estou neste terreno, espero que os casais se respeitem, saibam perdoar, saibam pedir perdão, sejam sensíveis e compreensíveis ao perdoarem e aceitarem as diferenças. Nada disto é simples, é tudo muito complexo, mas espero também que não tentem insistir ferozmente em procurar detalhes na simplicidade. Desejo que Deus e outras entidades continuem iluminando seus caminhos, para quem acredita, é claro, e para os Ateus espero que a razão ou qualquer outra convicção continuem avante para os fazerem viver livremente. A vida realmente pode ser uma vela, derreter aos poucos, provocar incêndios, e basta um sopro para ela se apagar, soprou, já era. Muita paz a todos e todas.
                                                                                                                          CHELLMÍ – 11.06.2012



segunda-feira, 21 de maio de 2012

EU VOU...



Eu vou, igual criança andando de bike na chuva sem ligar pra porra nenhuma
Eu vou, no boteco da esquina destroçar os adversários com o especial secreto do Akuma
Eu vou, embalado na madruga ao som de João Nogueira, refletindo no espelho
Eu vou, invadir os palácios da literatura e mostrar que os pés de barro deixam bons rastros no tapete vermelho

Eu vou, seguindo os exemplos de Dona Lenir, cadeira cativa no Sarau da Brasa
Refletindo nas mensagens do poeta Fuzzil que atravessa a cidade pra se sentir em casa
Quantas vezes fui desbancado por não ter 8 mangos no role pra pedir um açaí na tigela
Por não saber pilotar as motocas e se contentar com as ladeiras só pra descer na banguela
Poesia não enche pança mas, infla seu coração
Alimentando mentes atordoadas e reacendendo a emoção
Porque não, atuando de forma simples como Ronald Golias no programa do Bronco
José Divino iluminou minha alma quando citou “que pra quem está morrendo afogado jacaré vira tronco”

Por essas e outras que,

Eu vou, igual criança andando de bike na chuva sem ligar pra porra nenhuma
Eu vou, no boteco da esquina destroçar os adversários com o especial secreto do Akuma
Eu vou, embalado na madruga ao som de João Nogueira, refletindo no espelho
Eu vou, invadir os palácios da literatura e mostrar que os pés de barro deixam bons rastros no tapete vermelho

Eu vou, inspirado nos rabiscos urbanos de Dimy e Betox
Realçando o brilho das letras, areando as panelas da cuca que não são de inox
Deixem falar que a periferia não mudou e continua a mesma
Com arte engajada mostraremos quem hoje é o sal e quem amanhã será a lesma
Os residentes dos palácios literários ficam em choque ao verem favelados com papel, lápis e borracha na mão
Aconselho descerem dos tronos e verem que enquanto ostentam a produção, nós partilhamos criação
Se meu cérebro fosse um site, deixaria confuso o mundo web design
Sua vida pode ter momentos em Off porém, espero que fique 24h. Online

Então...

Eu vou, igual criança andando de bike na chuva sem ligar pra porra nenhuma
Eu vou, no boteco da esquina destroçar os adversários com o especial secreto do Akuma
Eu vou, embalado na madruga ao som de João Nogueira, refletindo no espelho
Eu vou, invadir os palácios da literatura e mostrar que os pés de barro deixam bons rastros no tapete vermelho

Eu vou, eu vou...

CHELLMÍ - 20.05.2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

PROTESTO: "O RODAS VAI RODAR" Quilombo Hi Fi - FEUSP - 18 de Maio

Quilombo Hi Fi volta a Faculdade de Educação-USP com sistema de som completo para mais uma noite de REGGAE e DANÇA.

Idren "Daddy" dread, retorna e faz o long set da noite após retiro pra ter seu primeiro filho.
Jah kNomoh e Peppa também selecionam
e no Mic Singjay Lioness como sempre mandando palavra com som e poder. 

Dentro do C.A.: Coletivo Prato do Dia - discotecagem de música brasileira dançante no vinil.

Sexta-feira 18 de Maio.
AV.Universidade, 308 - Cidade universitária 

Entrada de Carro até as 20:30 , a pé 22:30 e com ônibus enquanto sua circulação.

ANTES DA CELEBRAÇÃO TEREMOS UMA ATIVIDADE COM:

-ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA SÃO REMO
-PROFº MARCOS FERREIRA (FEUSP)
-MORADORES DA FAVELA DO SAPÉ ( A CONFIRMAR)
-DCE LIVRE DA USP 
-SINTUSP
-MICHELL DA SILVA - CHELLMÍ (SARAU DA BRASA)

A PARTIR DAS 20H NO SAGUÃO DO BLOCO B

quinta-feira, 3 de maio de 2012

FAZENDA REBOLÃO




Fui pra Chorrochó, na fazenda Rebolão
Quando vi o povo lindo, bateu forte o coração


Da periferia paulistana, lá pro meio do sertão
Levei minhas poesias, pra dividir com meus irmãos
Cada verso um arrepio, cada rima um furacão
Ao ver João Bispo* improvisando, só aumentou a emoção


Fui pra Chorrochó, na fazenda Rebolão
Quando vi o povo lindo, bateu forte o coração


Chico Bigode** e Olegário***, história e força de montão
Fiquei grato em conhecer a terra do Nascimento de João****
Vivenciei a seca do sertão, eu vi bode e cabra sobre o chão
Hoje estou longe daquele espaço e ainda sinto uma forte vibração


Fui pra Chorrochó, na fazenda Rebolão
Quando vi o povo lindo, bateu forte o coração


Teve tambor, poesia, sarau e também capoeira, preste atenção
Mestre Lopes*****sem farda, a você muito respeito e gratidão
O que pra mim é verso, pra ti pode ser canção
Espero que estas humildes rimas, reflitam meu carinho por Chorrochó e Rebolão


Fui pra Chorrochó, na fazenda Rebolão
Quando vi o povo lindo, bateu forte o coração



 Ôôôôô...
Ôôôôôóóóó....
Gostei Muito da Bahia
Quem dirá de Chorrochó...




NOTAS.
* Aboiador do Sertão Baiano
** Contador de Causos
*** Pai de Seu João do Nascimento
**** Poeta nascido na Fazenda Rebolão em Chorrochó-BA e atualmente morador de Pirituba-SP
*****Mestre de capoeira em Chorrochó e também policial da mesma cidade.


CHELLMÍ - JOVEM ESCRITOR PAULISTA - 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

MOSTRA TEMÁTICA DE VÍDEOS DO YOUTUBE

EDUCAÇÃO E YOUTUBE: ENCONTROS OU DESENCONTROS?
Mediação: Michell da Silva – Chellmí (Sarau da Brasa). A ideia do encontro é fazer uma reflexão sobre os pontos positivos e negativos da educação no país, através dos vídeos que estão disponíveis no youtube e que retratam temas como a violência, o desrespeito, o autoritarismo, dentre outros assuntos pertinentes ao ambiente escolar. Recomendação: Livre.

Dia 24/01, terça, 19h30. - CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE RUTH CARDOSO.