Tive que me
contentar, com o vice-campeonato
Fui passado pra
trás no jogo do amor
Mas, Nossa
Senhora me dá força
Mesmo que a
torcida não torça
Sigo firme na
missão...
Hoje não vejo
mais o brilho da lua, dançando sobre as águas do mar
Mergulhado no
escuro, encontro forças pra cantar
Eu errei, eu sei
que errei, estou pagando muito caro
Eu chorei, e
como choro, chorei, não encontrei um grande amparo
O sério jogo do
amor, não dá vez pra brincadeira
Ela foi pra
outro time, e só me restou, pendurar a chuteira
Por isso...
Tive que me
contentar, com o vice-campeonato
Fui passado pra
trás no jogo do amor
Mas, Nossa
Senhora me dá força
Mesmo que a
torcida não torça
Sigo firme na
missão...
O meu peito vive
vazio
Teu sentimento
era macio
Agora eu trago a
morte, soprando a vida para o alto
Não existe
sorte, pra quem não se prepara para o salto
Nesta vida não
aprendi tocar cavaco nem banjo, tampouco violão
Pensei estar
dedilhando nos acordes dos sonhos, e tocando seu coração
Não aprendi...
Tive que me
contentar, com o vice-campeonato
Fui passado pra
trás no jogo do amor
Mas, Nossa
Senhora me dá força
Mesmo que a
torcida não torça
Sigo firme na
missão...
CHELLMÍ
– 10.06.2012
Este é um samba
triste. A expressão dos meus versos descobre algumas farpas fincadas no meu
coração. Alguns pensam que ser poeta na periferia é brincar de escrever textos
relacionados a meras aventuras de causas sociais, abraça. Tenho vida ainda,
vivo com um pé na cova e outro na casca de banana, se é que me entendem.
Certezas? Verdades? Como posso tê-las passando por um furacão infindável, se é
que temos que tê-las. Só queria redescobrir a sensibilidade dos olhos
brilhantes de um amor que se foi, de uma vida que se foi, aqui a ideia vai além
de uma pessoa, de um ser, de uma rainha. O “coitadismo” é algo muito mesquinho
por parte do sofredor, por mais que ele encontre-se desamparado e perdido, não
há GPS que o ajude a se localizar nas ruas do sentimento, nas travessas da
paixão, nas avenidas do amor, nas estradas do improvável ou locais semelhantes.
Os mais experientes dizem que a dor é passageira, que nada é para sempre e
milhões de outras coisas, respeito, e como respeito, mas me respondam como
fazem para comparar a dor? Como se mensura a dor? A dor é mensurável?
Interrogações e angústias misturadas com tristeza e um aperto na alma.
Agradeço a Deus
por continuar iluminando a ponta da minha caneta enquanto estou neste terreno,
espero que os casais se respeitem, saibam perdoar, saibam pedir perdão, sejam
sensíveis e compreensíveis ao perdoarem e aceitarem as diferenças. Nada disto é
simples, é tudo muito complexo, mas espero também que não tentem insistir
ferozmente em procurar detalhes na simplicidade. Desejo que Deus e outras
entidades continuem iluminando seus caminhos, para quem acredita, é claro, e
para os Ateus espero que a razão ou qualquer outra convicção continuem avante
para os fazerem viver livremente. A vida realmente pode ser uma vela, derreter
aos poucos, provocar incêndios, e basta um sopro para ela se apagar, soprou, já
era. Muita paz a todos e todas.
CHELLMÍ – 11.06.2012
4 comentários:
Que triste Michel, espero que coisas maravilhosas possa acontecer na sua vida, para que você possa escrever outros poemas lindos assim, mas felizes.
Muito bonito, primo! Mas a vida continua! Deus as vezes nos coloca certos desafios que são difíceis de entender mas, depois que tudo passa, nós vemos que eles foram essenciais para nosso crescimento.
Abração,
Felipe.
Salve Chell, samba bonito hein! Nego so vou te dizer que nada é o fim, todo ciclo se finda para iniciar algo melhor! Fica na paz veio, oq. é o "homi" o bicho nao "comi"!
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