Conheço um poeta que só é poeta porque dizem que ele é poeta
Ele não vibra e nem se vira com as palavras
A cada gole de mágoa se embriaga e se mete a besta a escrever
Traga o cigarro do verso pensando em aquecer algo dentro de si
Assim mais um dia passa na mera vida desse que alguns chamam de poeta
E quando a noite cai ?
Em águas salgadas navega sem vontade
Respira com dificuldade o ar dos mais sábios
Fica imaginando se soubesse ou se procurasse aprender onde colocar as vírgulas
Pega rabeta no cometa pra ir pra bem longe e esquecer que quis um dia ser pesquisador
Tropeça no que nunca teve e volta ao chão, o qual não deveria ter se levantado
E quando a noite cai ?
Esquece de ser estrela e não reluz no corpo de vagalume
Se banha em riacho vermelho
Desce o morro gotejando dores e tentando se secar com energias desconhecidas
Plana em poeira acumulada
Espreme tinta do coração para tentar não acinzentar o pouco que imagina ainda ter
E quando a noite cai ?
Observa de longe os foliões em blocos de risos e felicidades infinitas
Até pensa nos pesos dos blocos por ele um dia carregados
Sente o sussurro da própria voz
Briga consigo mesmo por não suportar carregar o papel de poeta
Tenta se calar e se apequenar escondendo seus olhos
Eu o conheço algum tempo...
E quando a noite cai ?
Pois bem...
Como poeta inventado que é, deseja, se é que sabe o que é desejar, apenas uma única alimentação pra tua fome
Deseja que um dia caia antes da noite
Para que a lua não fique mais em prantos
E para que os milhares de vagalumes do mundão possam abrilhantar como estrelas em outros mundões
Aliás, quem espera a noite cair não pode cair na noite ?
Esse meu chapa sempre diz que é há muita regra e pouca madrugada
Poeta de meia caneta !
Chellmí - Jovem Escritor Paulista
01/02/2016
Ele não vibra e nem se vira com as palavras
A cada gole de mágoa se embriaga e se mete a besta a escrever
Traga o cigarro do verso pensando em aquecer algo dentro de si
Assim mais um dia passa na mera vida desse que alguns chamam de poeta
E quando a noite cai ?
Em águas salgadas navega sem vontade
Respira com dificuldade o ar dos mais sábios
Fica imaginando se soubesse ou se procurasse aprender onde colocar as vírgulas
Pega rabeta no cometa pra ir pra bem longe e esquecer que quis um dia ser pesquisador
Tropeça no que nunca teve e volta ao chão, o qual não deveria ter se levantado
E quando a noite cai ?
Esquece de ser estrela e não reluz no corpo de vagalume
Se banha em riacho vermelho
Desce o morro gotejando dores e tentando se secar com energias desconhecidas
Plana em poeira acumulada
Espreme tinta do coração para tentar não acinzentar o pouco que imagina ainda ter
E quando a noite cai ?
Observa de longe os foliões em blocos de risos e felicidades infinitas
Até pensa nos pesos dos blocos por ele um dia carregados
Sente o sussurro da própria voz
Briga consigo mesmo por não suportar carregar o papel de poeta
Tenta se calar e se apequenar escondendo seus olhos
Eu o conheço algum tempo...
E quando a noite cai ?
Pois bem...
Como poeta inventado que é, deseja, se é que sabe o que é desejar, apenas uma única alimentação pra tua fome
Deseja que um dia caia antes da noite
Para que a lua não fique mais em prantos
E para que os milhares de vagalumes do mundão possam abrilhantar como estrelas em outros mundões
Aliás, quem espera a noite cair não pode cair na noite ?
Esse meu chapa sempre diz que é há muita regra e pouca madrugada
Poeta de meia caneta !
Chellmí - Jovem Escritor Paulista
01/02/2016