
Nos ares da infelicidade foi obrigado a planar
O ferimento do seu coração nunca cicatrizou
Escondeu-se do mundo e poucos viram sua lágrima rolar
Água bateu na bunda ele aprendeu a nadar
Sua fraqueza alada danou-se a voar
Aprendeu detectar mentiras, um potente radar
Enterrou-se vivo para sua poesia se sufocar
Subiu em árvores para fugir do concreto
Desceu morros e encontrou-se com malandros
Engoliu o choro e aprendeu ser discreto
Descartou os curvas de rio e aloprou os meandros
Deixou de ser espada e se tornou escudo
Preferiu continuar “burro” que bancar o intelectual
Grita quando acorda, grita quando dorme e continua mudo
Tornou-se boxeador que só acerta gancho sentimental
Pisa em nuvens e ovos com a mesma cautela
Tornou-se rabugento e nem sempre é risonho
Articula magia entre os becos e vielas da favela
Por mais que você não entenda... Ele sonhou o seu sonho.
Chellmí – Jovem Escritor Paulista
27.02.2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário