quinta-feira, 27 de junho de 2013

Chellmí - NAS RUAS DA BRASILÂNDIA


É forte ?

É o que tá posto !
Eu e mais alguns considerados malucos estamos na contramão do que está posto.
Nós, educando nossos pares para que não continue o extermínio dos nossos.
Sou pedagogo e não demagogo.
Cansa, mas eu luto por esta molecada. E meus amigos guerreiros também lutam.
SEM SUCRILHOS NO PRATO !


terça-feira, 7 de maio de 2013

OCUPA SARAU: A PERIFERIA VISTA NA BOLINHA DO OLHO - PRAÇA ZUMBI DOS PALMARES - 09.06.2013

É com uma enorme satisfação que realizaremos mais uma edição do Sarau - A PERIFERIA VISTA NA BOLINHA DO OLHO, desta vez na Praça Zumbi dos Palmares - Vila Nova Cachoeirinha - Zona Norte de São Paulo.
Ocupando o espaço público com simplicidade e grandes partilhas das culturas e manifestações arteiras das bordas de São Paulo.
Agir coletivamente acreditando que o derramamento de sangue não é a ponta da flecha das periferias do mundão. Articulação e lealdade que se enxergam nos fundilhos dos olhos em prol das esplendorosas trocas é a contra-mão do que está posto, e é por isso que fazemos questão de estar na via contrária nos arriscando neste trânsito sufocante da vida.
Fiquem atentos nas atualizações do que irá acontecer neste encontro.
Carinho retribuído aos que entendem a proposta e aos artistas mercenários do mundo das letras e de outros ventos que sejam bem-vindos, se "pisarem neste chão devagarinho..." caso contrário peguem outros becos que aqui o universo é horizontal !
Chellmí -  Jovem Escritor Paulista.

ORGANIZAÇÃO:
Chellmí - Projeto Espremedor - Amanda Prado - Banca Subterrâneo


CONFIRMADOS:

Samba do Congo (Brasilândia-Morro Grande) - NO SAMBA
Renata Prado (Itaim Paulista) - NA POESIA
Sonia Regina Bischain (Brasilândia) - NA POESIA
Fuzzil (Capão Redondo) - NA POESIA
Ruivo Lopes (Centro) - NA POESIA
Indy Naíse (Butantã) - NA POESIA
Lu'z Ribeiro (Guarapiranga) - NA POESIA
Luís Felipe Lucena (Mundão) - NA POESIA
ZoioOmc (Brasilândia) - NO RAP
Fanti Manumilde (Heliópolis) - NA POESIA
Mc Trexx (Jd. Pery) - NO RAP
Mano Réu (Brasilândia) - NO RAP
Flávio Casimiro (Jd. Pery) - NO RAP
D'Grand'Stilo (Heliópolis) - NO RAP
Isis Flores (Jaçanã) - NO GRAFFITI
Ed Lincoln (Pirituba) - NO GRAFFITI
Deeanto (Capão Redondo) - VENDA DE CAMISETAS
Dodo (Bairro do Limão) - NA POESIA E DISCOTECAGEM
Jardélio Santos (Vila Souza) - NA XILOGRAVURA 
Hélio Gonçalves Costa (São Bernardo) - NAS INTERVENÇÕES CIRCENSES
DJ Canelês (Brasilândia) - NA DISCOTECAGEM
Robson - Conteúdo Majestoso (Brasilândia) - NO RAP
Caiana, Alemck e Mild - CANIL (São José dos Campos) - NO GRAFFITI
Thiago Gonzales (Santana) - NA POESIA
Karen Rego (Cachoeirinha) - NA POESIA e no que mais quiser...
Cláudio Cákis (Suzano) - NA POESIA
Celinha Reis (Pompeia) - NA POESIA
Ana Fonseca - Perifatividade (Fundão do Ipiranga) - NA POESIA
Paulo Rams - Perifatividade (Fundão do Ipiranga) - NA POESIA
Messias (Pirituba) - NA POESIA
Felipe Nagô (Brasilândia) - NA POESIA
Bruno Perê (Jabaquara) - NO GRAFFITI
Dimy - SOMOS POBRE (Vila Penteado) - NO GRAFFITI
Jenny (Cachoeirinha) - NO RAP
Elaine Campos (Centro) - NA FOTOGRAFIA
ATIVIDADES:

- Varal de Xilo

- Alguns grafiteiros para ocupar os muros da praça.

- Carrinho de Mãoteca

- Editora Quilombola

- Identificação da Praça (Stencil)

- 30min. de discotecagem do Dodo e 30min. de discotecagem do Canelês (no começo do encontro).

- Banca para venda e troca de livros

- Pique-nique comunitário

- Espaço aberto para intervenções diversas



segunda-feira, 22 de abril de 2013

OS OLHOS DO MENINO-HOMEM


Os olhares se distanciaram tudo ficou ofuscado
O menino-homem, o homem-menino estava desamparado
Tentou olhar pro céu, mas, na tua cabeça tinham milhares de bigornas
Procurou as águas quentes, pois eram tão geladas e nunca ficavam mornas
Seus olhos caídos no silêncio profundo gritavam com o mundo
Indicadores apontados disparavam “bem feito vagabundo”
Com os olhos no espelho e o reflexo do mesmo nos olhos, estava iniciado o monólogo
Sugestão de benzedeira, sugestão de bagaceira, sugestão de psicólogo
Os olhos estavam sem vendas, porque nunca foram vendidos
O coração palpitava, mas, as visões percorriam cominhos perdidos
Sensação de vazio, numas de 24 por 48
Escuridão, muito frio, o homem-menino, o menino-homem seguia afoito
Teus olhos não enxergavam que suas canelas acabavam na cintura
O mandavam sorrir e que acabasse logo com aquela longa frescura
Seus cabelos caíam enquanto a fumaça preenchia os pulmões
Já não dormia direito e quando pregava as pálpebras, começavam as alucinações
Sonhos, pesadelos, devaneios, ele não entendia o que era
E os olhos marejavam enquanto na mente se abria cratera
Seus olhares queriam dizer para os ditos sábios que o môio não era o molho
Queriam esbravejar o que os sentimentos carregavam no fundilho do olho
Paciência, desespero, desespero, paciência, extremos próximos e distantes
Ciência, picadeiro, tempero, clemência, embruteceram seus diamantes
Um dia olhou pra relva, mas não conseguiu olhar para grama
Outro dia enxergou a cova no desejo que fosse sua cama
Foi pra de baixo da chuva e deitou-se sobre a lama
Fez tudo isso sozinho para que bico-sujo não interpretasse como melodrama
Chegou ensopado e sujo, abriu o portão e pegou o varal no quintal
Amarrou no pescoço e pendurou no inferno astral
Ficou vermelho, ficou cinza, ficou roxo, e não antecipou seu funeral
Caiu no chão e pensou consigo “nem pra partir eu tenho moral”
Levantou-se, deu 3 passos e no outro cômodo pegou a Ypioca e o Gardenal
Faltou coragem e disposição ao saber que a criançada ia passar mal
Depois de tudo isso seus olhos queimavam como brasa
Refletiu sobre o significado da Brasa na Brasa, deu bica na tristeza e a expulsou da sua casa
Os raios de sol não penetravam mais nas tuas íris
Aí se lembrou de quando sonhava em ser a oitava cor do arco-íris
Num processo árduo seus olhos aos poucos iam voltando a refletir algumas cores
Num processo mais acelerado foram partindo, tremores e rancores
Retornou a chapar com os livros e a se embriagar com a poesia
Arregalou os olhos e começou a observar que sua presença, bem fazia
O Gardenal dispensado no bueiro nunca mais esteve entre seus dedos
Os ratos fazendo festa no telhado já não aguçam mais seus medos
Seus olhos encantaram os olhos de alguém
Os olhos de alguém encantaram seus olhos também
Aqueles olhos baixos passaram a ser olhos atentos
Embora sejam olhos que memorizam constantemente os momentos de sofrimentos

Sem precisar de lentes de contato para ver que o mundo nunca será uma piscina com Confort, que seja suave, cor-de-rosa e só contente
Espero que quando suas bolinhas brilhantes decidirem se esconder, seus olhares de transparência eternizem nas memórias que cada minuto neste terreno o Menino-Homem foi muito mais que presente.

Chellmí - Jovem Escritor Paulista - 19.04.2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

terça-feira, 2 de abril de 2013

VALE DOS ATALHOS DE SONIA BISCHAIN - 06.04.2013 - 20h30.

Uma das minhas Mãezonas irá lançar seu mais novo romance sábado no Sarau da Brasa.
Aqui fica o convite. Sonia Regina Bischain, você merece e muito que seus escritos sejam partilhados.
Saúde Guerreira !
Mais informações: http://brasasarau.blogspot.com.br/2013/04/vale-dos-atalhos-de-sonia-bischain.html

terça-feira, 19 de março de 2013

SAMBA: DESPEDIDAS...

Meu primeiro samba em parceria. Logo com minha grande irmã de rua.


DESPEDIDAS...

Samanta Biotti - Chellmí

Cheguei, Cheguei. Depois saí
Cantei, cantei. Pra distrair...
Sonhei, sonhei. E me perdi
Chorei, chorei. E não sorrí...

Ah ! Madrugada calada
Trilhou minha estrada
E hoje não tem fim
Sou aprendiz da alvorada
E o vento me fala
Quando prosseguir
Minha fala é cadenciada
Coberta de manto
Ancestral que não perdi
Sou viajante
Estou na encruzilhada
Pisando em lírios
Que você não permitiu
Estou fora, jogada nas traças
De uma memória
Tão fugaz e infantil...

Cheguei, Cheguei. Depois saí
Cantei, cantei. Pra distrair...
Sonhei, sonhei. E me perdi
Chorei, chorei. E não sorrí...

O dia clareou a jornada
Mas, distanciou rastelo e enxada
Onde estarás meu fim ?
Vou buscar minha morada
Em meio um sonho sem fala
Como irei sorrir ?
Está indo numa longa estrada
Longe do centro e perto do canto
No teu brilho que não vi
Não sou gigante
Mas, não há nada
O que fazer depois que partiu
Fui pra escanteio, fiquei sem graça
Hoje sou o grão e você é meu funil...

Cheguei, Cheguei. Depois saí
Cantei, cantei. Pra distrair...
Sonhei, sonhei. E me perdi
Chorei, chorei. E não sorrí...

Samanta Biotti - Chellmí _________24.02.2013_________02h25min.

terça-feira, 5 de março de 2013

I SEMINÁRIO DE LITERATURA DA PERIFERIA

I SEMINÁRIO DE LITERATURA DA
PERIFERIA.




O seminário pretende discutir e analisar a produção literária das periferias, em SP e fora do estado, com base nos eixos: Política, Educação e Estética, em três palestras/debate com a presença de escritores/as (poetas e prosadores) educadores/as e pesquisadores/as que atuam e refletem o tema.




Dias: 15, 16 e 17 de março de 2013.




Local: Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso
Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641. Vila Nova Cachoeirinha. Zona Norte.
(ao lado do terminal Cachoeirinha)

Organização: Sarau da Brasa, Sarau Elo da Corrente, Projeto Espremedor e CCJ Ruth Cardoso.

Projeto contemplado no Edital de Ocupação do CCJ.
PROGRAMAÇÃO:




15/03/13 (sexta-feira)- das 18h às 20h
Tema: Literatura da periferia e política: trança de raiz?
Sinopse: Entre manifestos e manifestações a literatura da periferia parece gritar em todos os seus temas. Nela o direito à existência é afirmado na denúncia e no amor, na dureza da narrativa e no gozo do verso e vice-versa. A proposta é discutir quais são as aproximações ente a produção literária da periferia (oral e escrita) e a ação política inerente ao ser social. Onde elas se encontram? Ou mesmo, é possível existirem separadas?
Palestrantes: Nelson Maca (BA) e Ruivo Lopes (SP)
Mediador: Diego Arias (Sarau da Brasa)




16/03/13 (sábado)- das 18h às 20h
Tema: Barreiras visíveis e invisíveis: Teorias e práticas que se entrelaçam na Educação e na Literatura da periferia.
Sinopse: A proposta é que os convidados discorram sobre suas atuações entre o universo da Educação e da criação literária da periferia, suas visões e perspectivas neste trânsito de conhecimentos que podem potencializar cada vez mais as relações sociais. Como encontrar brechas para aguçar o imaginário dos educandos no ensino formal, como desenvolver ações no ensino dito informal, em que saraus, centros culturais independentes estão em movimento, engrossarão o caldo neste encontro.
Palestrantes: Allan da Rosa (SP) e Celinha Reis (SP)
Mediador: Michell da Silva - Chellmí (Sarau da Brasa)




17/03/13 (domingo) - das 17h às 19h
Tema: Entre as frestas da forma: Rachaduras e horizontes.
Sinopse: A mesa propõe discutir e analisar o desenvolvimento estético da literatura da periferia (oral e escrito), a relação e os entraves com a atuação engajada de seus protagonistas.
Palestrantes: Cidinha da Silva (MG) e Érica Peçanha (SP)
Mediador: Michel Yakini (Sarau Elo da Corrente).


MAIS INFORMAÇÕES: http://ccjuve.prefeitura.sp.gov.br/2013/02/26/i-feira-literaria-do-ccj-2/

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

NEGUINHA NÃO. NEGRA !


Neguinha não. Negra !

O meu cabelo é chapado sem precisar de chapinha
Canto rap com amor, esta é minha linha
Sou criança, sou negra, também sou resistência
Racismo aqui não, se não gostou paciência

Meu cabelo não é ruim, meu cabelo não é duro
Sou negra guerreira, não moreninha em cima do muro
Deixo a Susi e a Barbie de lado e brinco com boneca preta Makena
Pele branca, raça pura, que piada, só lamento, que pena
Epiderme, melanina, amo minha família, nosso povo, esse mundo
Molecada, não importa a cor, quando o sentimento é verdadeiro e profundo

O meu cabelo é chapado sem precisar de chapinha
Canto rap com amor, esta é minha linha
Sou criança, sou negra, também sou resistência
Racismo aqui não, se não gostou paciência

Peço paciência, mas estou pronta pro combate
Cabelo crespo ao vento, piadinha tosca não faça, senão começa o debate
Qual a diferença entre mim e uma branca norte-americana ?
Fora o tom da pele, talvez seja status e grana
Já disse ! sou criança, mas ninguém me engana dizendo que preconceito não existe
Com alegria e simplicidade ergo o punho e grito: Aqui a negra existe e resiste !

O meu cabelo é chapado sem precisar de chapinha
Canto rap com amor, esta é minha linha
Sou criança, sou negra, também sou resistência
Racismo aqui não, se não gostou paciência
                                  
                                     Chellmí – 30.01.2013 – Para Mc Sophia (8 anos). Neta de Lucia Makena. 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

2012 - O ANO EM QUE MINHA TERRA QUASE PAROU !

ENTREVISTA PARA - PROJETO IMPROVISADO - 28.10.2012
Sem dúvida este ano de 2012 foi um divisor de águas na minha vida.

Pude ver um sonho lindo escorrer pelas guias do destino e ir parar nos bueiros da amargura e eu ali, imerso na lama. Um ano em que eu e muitas outras pessoas, próximas ou não, viram 17kg do meu corpo evaporarem sabe-se lá para onde.

Ainda não consigo passar em frente lojas de material de construção, não consigo escutar alguns sambas, que a dor, as dores abalam meu íntimo, porém confesso que já estive pior.

No ano em que estava planejado para eu fazer o mais belo gol da minha vida, me restou o escanteio, a linha de fundo “minhas pernas consadas correram pro nada e o time do tempo parou...”.

Um ano em que me deparei comigo mesmo e assim sigo diariamente, morando só, ficando em choque com os ratos que fazem a festa sobre o telhado, matando uma barata aqui, observando uma largatixa acolá, mas sigo, sigo...

Pude observar quanto sou querido pelos meus amigos, chegaram até mim palavras confortantes de quem eu menos esperava, quantos me viram e ainda me veem chorar, saibam que cada um destes tem espaço garantido no meu coração, e eles sabem como o Chellmí encara e vive suas relações, por isso deixo para cada um minha gratidão por momentos em que não me deixaram só.

Em meio ao caos dos meus pensamentos, sei lá de onde consegui tirar foraças para continuar caminhando, foi o ano em que mais trabalhei na vida, a queda de cabelo, a insônia apareceram para acabar com meu físico, mas para que eu pensasse como sair mesmo que temporariamente do abismo em que me encontrava.

As ações coletivas foram as forças que me fizeram prosseguir, por isso agradeço de coração aberto aos meus irmãos do Coletivo Cultural Poesia Na Brasa que estiveram comigo sempre e que este ano não foi diferente, que viram e vivenciaram meu sofrimento, me incluindo ainda mais em suas vidas, eu amo muito vocês. Ao Claytão do Projeto Espremedor, muito obrigado por tudo, por tudo mesmo, eu te amo demais meu irmão e você tá ligado, valeu pelas trocas este ano e por fortalecer nossa quebrada com tanto esforço e empenho. Ao Sarau Elo da Corrente em Pirituba, meus irmãos, valeu Michel Yakini por grandes trocas esse ano, suas palavras foram muito importantes para mim, valeu Raquel, Du, sem palavras. Banca Subterrâneo e Eskuadrão Maloka, valeu pelo apoio, sem palavras. Joks, Canela e outros, valeu pelo Entre Becos e Vielas, Tudo Acaba em Coletivo, evento que deixa a quebrada mais colorida, muito louco. Meus amigos de infância que se dispuseram para compreender, ou tentar compreender minhas ações e partilhar alguns momentos comigo. Ao Sarau Perifatividade que sempre me acolheu muito bem, desde a primeira vez que pisei naquele terreno, muito grato, ao Sarau da Ocupação que me ensinou muito desde 2011, que me fez observar que a luta individual não existe e que a coletividade é uma arma potente contra as inúmeras injustiças sociais, valeu Ruivo e companhia, as guerreiras do Sarau da Ademar, que infelizmente não pude comparecer por lá este ano, mas que nos trombamos pelos becos do mundo várias vezes, as Mães de Maio pela garra e pela vida, ao Soró e toda Comunidade Quilombaque pela luta e garra de continuar e enfrentar as grandes barreiras da burrocracia, ao Cicas, ao Grupo Bolinho que somou em algumas ações conosco, ao Projeto Improvisado que surgiu com a força toda, ao Avelino Regicida que vem numa crescente monstra tanto nos projetos quanto nas trocas de pensamento, ao Quilombrasa que na bolinha de meia segue firme e forte, aos que participaram do Sarau - Literatura Independente: A Periferia Vista Na Bolinha do Olho ( http://www.chellmisp.blogspot.com.br/p/sarau-literatura-independente-periferia.html ), que para mim foi um dos momentos mais importantes da minha vida, aos educadores do Tomie Ohtake por me darem a oportunidade de partilhar com outros jovens em formação e não em formatação, um enorme carinho pelos monitores do CCJ Ruth Cardoso que compreenderam minhas passagens por aquele espaço e as relações que foram sendo criadas, aos reais companheiros da Fábrica de Cultura que aos poucos foram sentindo o porque eu estava e estou neste espaço, a Dolores por acreditar e confiar nas propostas, um grande sentimento de gratidão à minha tia Vera e meu tio Marcos por tentarem me confortar em momentos tão difíceis neste ano. Seu Leile, Bahia, Dona Cida, talvez vocês nunca leiam isso, mas vocês fazem parte desta história, pena que não deu tempo de eu partilhar mais ações com vocês, eu os amo muito. Aos meus mestres, Ubirajara Dias de Melo, Sonia Kruppa, Maria Ângela Salvadori, Ângela Castelo Branco, Sonia Regina Bischain, Allan da Rosa, um grande sentimento bom por poder ter tido a honra de conhecê-los.

Se eu colocar o nome de todos aqui é bem provável que vou esquecer de alguns, por isso quem somou sabe que somou e muito, um grande beijo e muito carinho aos amigos que conquistei e os que reconquistei, não caberia o nome de todos por aqui.

Ano intenso com muito trabalho, se liguem:
 
Este ano quase minha Terra parou, mas com o coração puro, pude perdoar minha mãe, ser perdoado, pagar de louco e amar minhas irmãs, sem nenhum sentimento ruim, as humilhações é só deixar que o tempo apague, o que liga é ser um homem sem rancor, sem sentimentos rasos.

Obrigado Deus, obrigado Nossa Senhora Aparecida, obrigado aos agnósticos e ateus por me fazer um ser mais respeitoso.

Pai, mãe, irmãs, sobrinhos, Dona Cida, Seu Leile, Sarau da Brasa, Claytão – AMO VOCÊS !
 
MÚSICA QUE ME MARCOU.
Que venha 2013 – “PROBLEMAS PODEM ME IMPEDIR DE DORMIR, MAS NADA VAI ME IMPEDIR DE SONHAR” (Slim Rimografia)
Epifania- SLIM RIMOGRAFIA E THIAGO BEATS
 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ME, ARRANJA UM ARRANJO



Vizinho, me arranja um arranjo bonito
Pra por o Girassol que comprei pra minha amada
Vizinho, você manja e eu manjo o grito
Da flor silenciosa, que em meu peito ainda fazes morada...


No jardim da saudade colho tristeza
Nas pétalas ao vento tento encontrar a pureza
Terra, adubo e perfume se perderam no ar
Hoje rego as raízes do passado com lágrimas
O que me resta é cantar


Vizinho, me arranja um arranjo bonito
Pra por o Girassol que comprei pra minha amada
Vizinho, você manja e eu manjo o grito
Da flor silenciosa, que em meu peito ainda fazes morada...


A flor se desmanchou na minha frente
Foi se recompor em outro ambiente
Bateu o sol, ela aflorou e outros ares foi perfumar
Vizinho, me arranja um arranjo bonito
Pois se houver outra semente, quero bem dela cuidar


Vizinho, me arranja um arranjo bonito
Pra por o Girassol que comprei pra minha amada
Vizinho, você manja e eu manjo o grito
Da flor silenciosa, que em meu peito ainda fazes morada...


Chellmí - 07.11.2012
No meio da guerra.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

SAMBA RAP SOLIDÁRIO - 26.10.2012 - Z/S

Salve jovens, beleza?
Tive a honra de ser convidados para cantar alguns sambas lá na Zona Sul no BAR DO BONÉ, a causa é nobre. Arrecadação de alimentos.
Convido tod@s para partilharem conosco e vamos que vamos que a caminhada é longa.
O Bar do Boné fica na R. Nossa Senhora da Saúde, 1007 – Vila das Mercês (no metrô Vila Mariana você pode pegar o ônibus Jardim Clímax e descer no segundo ponto da Av. Nossa Senhora das Mercês, a rua estará bem próxima)


terça-feira, 2 de outubro de 2012

CANALHAS



Tacaram fogo na favela
Queimaram tudo até o fim
Alegaram que a causa era gato ou vela
Os canalhas exterminam assim
Os canalhas exterminam assim...

Que canalhas mais podres  tremendos caras de pau
Pavios curtos da humanidade, só propiciam o mau
Real Parque queimou, Jd. Paraná inflamou
Moinho em dose dupla, a chama se alastrou

Tacaram fogo na favela
Queimaram tudo até o fim
Alegaram que a causa era gato ou vela
Os canalhas exterminam assim
Os canalhas exterminam assim...

As labaredas torraram os corações
Enquanto os canalhas sorriam em suas mansões
Muita fumaça e tristeza, cobriam a imensidão do céu
Mas, minha caneta joga água, pra apagar esse fogaréu

Tacaram fogo na favela
Queimaram tudo até o fim
Alegaram que a causa era gato ou vela
Os canalhas exterminam assim
Os canalhas exterminam assim...

Especulação imobiliária, pois a Copa vem chegando
Guerreiros sem um teto, o fogo vai aumentando
Canalhas prestem atenção, favela não é sujeira
Marionetes do Estado, mal sabem vocês
Que não passam de cinzas da própria fogueira

Tacaram fogo na favela
Queimaram tudo até o fim
Alegaram que a causa era gato ou vela
Os canalhas exterminam assim
Os canalhas exterminam assim...

Chellmí - Jovem Escritor Paulista - Setembro-2012
Com várias dores no coração...

terça-feira, 18 de setembro de 2012

VEREDAS DO VESTIBULAR - ESPAÇO CULTURAL ELO DA CORRENTE - PIRITUBA - 30.09.2012 - 10h.



O PROJETO VEREDAS DO VESTIBULAR TEVE INÍCIO EM 2011 NO CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE RUTH CARDOSO (CCJ), FRUTO DA VONTADE EM COMPARTILHAR COM O PÚBLICO QUE OBSERVÁVAMOS EM NOSSO LOCAL DE TRABALHO E CONVIVÊNCIA. AS EXPERIÊNCIAS QUE VIVEMOS EM RELAÇÃO AO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO.

NESTE SEGUNDO ANO DE ATUAÇÃO, O VEREDAS DO VESTIBULAR AMPLIOU SEU PÚBLICO E CAMINHA EM BUSCA DE NOVOS LOCAIS E VONTADES QUE POSSAM SER COMPARTILHADAS COM AS NOSSAS, NESTE DIÁLOGO NOSSA PROPOSTA É ESTIMULAR E APRESENTAR COMO É POSSÍVEL  INGRESSAR NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS.

Mais informações sobre o Espaço Cultural Elo da Corrente: http://elo-da-corrente.blogspot.com.br/p/espaco-cultural-elo-da-corrente.html

Como Chegar: http://elo-da-corrente.blogspot.com.br/p/como-chegar-no-sarau-elo-da-corrente.html