domingo, 26 de julho de 2009

NESTA LONGA ESTRADA DA RIMA


Se um dia casa cair, ressurgiremos dos escombros e rimaremos sobre os entulhos
Versaremos em pedras sobre pedras e se preciso em pedregulhos sobre pedregulhos
Barulhos que atordoam a mente podem ser rebatidos facilmente
Com o rabiscar no rascunho em busca duma nova nascente
Consequentemente as palavras tocarão os corações endurecidos
Inteligentemente os corações ficarão molengas, porém mais protegidos
Perseguido pelos fiscais da vida alheia vou procurando meu espaço
Me esquivando dos mesmos e com as rimas fortalecendo o laço
Laço que cada dia fica mais afetivo
Pois para apagar os maus fluído faça da informação o seu principal corretivo

A folha brilha atraindo a caneta novamente
A ponta deslizando no papel fortifica a mente
A ponta de cada dedo lateja ao ver o tal brilho
Nessa longa estrada da rima sou mais um andarilho

No labirinto do meu pensamento estou procurando a saída
Enquanto não a encontro vou seguindo nas batalhas da vida
Inseticida, mata-ratos nada disso exterminará meu sentimento
Anticorpos conquistados com doses de felicidade e também de tormento
Investimento feito agora para ser contemplado no futuro
Nunca desembarquei meus versos no porto, mas estou sempre seguro
Escuro, claro, ofuscada, não importa a visão
Apanhe uma luneta e focalize sua lupa na mais bela missão
Missão cumprida, que o dim dom da bondade badale em seu peito
Que nossas lutas se propaguem do caminho mais extenso até o beco mais estreito

A folha brilha atraindo a caneta novamente
A ponta deslizando no papel fortifica a mente
A ponta de cada dedo lateja ao ver o tal brilho
Nessa longa estrada da rima sou mais um andarilho

Um comentário:

Bia de Souza disse...

Parabéns pelo texto Michell.

Sei que fazer rimas, de qualidade, não é tão fácil quanto parece mas, você consegue brilhantemente.