segunda-feira, 27 de julho de 2015

M A R G I N A L


Na margem Cinquenta não é onça, é galo !

Na margem Sessenta, sessenta, cê senta...
e espera o Estado te respeitar e vira caveira.

Na margem Setenta, setenta, cê tenta...
não apanhar o fuzil e guerrilhar mostrando como se faz.

Na margem tem aquele que EXPRESSA de maneira coerciva o LOCAL que considera ser seu por destino, se julgando o CENTRO da ervilha chamada mundo.

Na margem não tem prédio espelhado e ar condicionado pra tentar apagar a vista e o odor de rio de merda.

Na margem o farol alto está aceso desde as 4 da matina e muitas vezes as setas para trocar de faixa são acionadas pelo capital que torna o esqueleto nojento.

Na margem, Cinquenta, Sessenta, Setenta, Oitenta, Noventa, Noventa, Noventa...

Cem !

Sem, sem, sem esquecer que o combustível da margem um dia será utilizado na e para a margem...
sendo assim, reclame mesmo de tanque cheio enquanto pode ou acha que pode. Vai, vai, vai, bufe alto.

E por aqui esse condutor bração continua reduzindo a velocidade e seguindo na moral...

Sim, enquanto uns querem luxo o bração faz questão de se firmar M A R G I N A L.

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